terça-feira, 13 de outubro de 2009

SER PROFESSORA É MAIS QUE PROFISSÃO

Aos Professores

As bolas de papel na cabeça,
Os inúmeros diários para se corrigir,
As críticas, as noites mal dormidas...
Tudo isso não foi o suficiente
Para te fazer desistir do teu maior sonho:
Tornar possíveis os sonhos do mundo.
Que bom que esta tua vocação
Tem despertado a vocação de muitos.
Parece injusto desejar-te um feliz dia dos professores,
Quando em seu dia a dia,
Tantas dificuldades acontecem.
A rotina é dura, mas você ainda persiste.
Teu mundo é alegre, pois você
Consegue olhar os olhos
De todos os outros e fazê-los felizes também.
Você é feliz, pois na tua matemática de vida,
Dividir é sempre a melhor solução.
Você é grande e nobre, pois o seu ofício árduo
Lapida o teu coração a cada dia,
Dando-te tanto prazer de ensinar.
Homenagens, frases poéticas,
Certamente farão parte do seu dia a dia
E quero de forma especial
Relembrar a pessoa maravilhosa que você é.
É por isto que você merece esta homenagem
Hoje e sempre,
Por aquilo que você é e por aquilo que você faz.
PARABÉNS!
(autor desconhecido)

domingo, 21 de junho de 2009

FORMAÇÃO DE EDUCADORES...contando uma experiência

Conhecendo um pouco de nossa história....
Uma escola de educação infantil municipal fundada em 1992, num bairro localizado no distrito industrial de Campinas (DIC II), projetada para atender crianças de três meses a seis anos, priorizando o atendimento integral das crianças, com aproximadamente 720 crianças e 80 funcionários: professores, monitores, serventes....
Assim, este texto revela, essencialmente, vivências de uma educadora que busca reinventar significados e procura reacender em alunos e educadores o desejo da aprendizagem. Sabemos apenas que, aprender é um desafio permanente e, portanto a formação em serviço dos educadores é fundamental para a qualificação do trabalho pedagógico da Unidade Escolar.
Nossos encaminhamentos passaram por inúmeras questões fundamentais para o desenvolvimento do trabalho pedagógico: - Como planejar? Que conhecimentos e instrumentos profissionais devem ser privilegiados na formação em serviço aos educadores? O que nos impede de transformar novas idéias em realizações? Na escola, quais são os fatores que atrapalham e quais são os que ajudam a inovação​​?Por que, muitas vezes é tão difícil pensar diferente, inovar na educação?
Partimos do cotidiano da sala de aula, pois é neste cotidiano que está concentrado os elementos de dificuldades do educador, portanto, é o ponto de partida de nossas reflexões, as quais deverão ser instrumentalizadas teoricamente. Não se tem à prática sem a teoria, e a recíproca é verdadeira.
Percebe-se muitas vezes a negação em trabalhar coletivamente, e o quanto essa dinâmica está relacionado com a formação dos educadores. Nos ensinam que é preciso trabalhar coletivamente, que o planejamento do trabalho pedagógico deve ser coletivo, só que as vivencias e as experiências ficam de fora, trazem a marca do individual, da negação das diferenças e da troca de idéias. A dificuldade para propor, encaminhar e efetivar uma prática coletiva é uma construção árdua, a qual nos leva a rever nossas atitudes profissionais, renovar nossos desejos, nos despir de nossos pré-conceitos, enfim, nos permiti vivenciar um grande exercício de reflexão.
Por que não criar a prática do registro? Registrar é construir nossa história educacional, um processo a ser experimentando – só se aprende a registrar, registrando. O medo do “não sei escrever”, os erros, as falhas e a falta de fundamentos passam a constituir-se em atitude de diálogo, de troca e de encaminhamentos para a construção coletiva. Desmistificar que só os grandes teóricos são capazes de produzir textos, vai se tornando uma conquista. O caderno de registro passa a ser um instrumento valioso para os educadores, os quais retratam nele seu dia-a-dia. O registro vai se tornando parte fundamental para a renovação de nossas práticas pedagógicas, se caracterizando numa atitude cotidiana de organização, o qual acompanha e avalia todo trabalho desenvolvido na Unidade, ampliando nossos conhecimentos acerca do processo educativo, ajudando-nos avançar em nossos encaminhamentos, levantando hipóteses sobre o que não foi devidamente planejado, possibilitando-nos rever a organização dos espaços físicos, os objetos utilizados, enfim, possibilitar a organização de dados que nos forneçam elementos para re-planejar.
Como criar um clima mais favorável às novas idéias?
Estava faltando algo mais em relação aos momentos de formação dos educadores...Somente aos professores era facultado este momento semanalmente, o grande avanço foi tornar possível fazê-lo conjuntamente com a presença dos monitores, profissionais que lidam diretamente com a criança, mas não têm, necessariamente, formação no magistério, muitos sequer têm o 1º grau completo. Acreditando que todos na escola se constituem em educadores também aos funcionários da limpeza e lavanderia, todos, desde a direção, começaram a participar dessa formação em serviço coletiva. Estas reuniões passaram a ocorrer num dia letivo, portanto outro aspecto debatido por todos, foi à necessidade de criarmos estratégias para que os monitores que estaria cobrindo o setor no horário do sono das crianças tivessem garantido seu espaço semanal de estudo, assim ficou estabelecido o revezamento – realizado uma escala que contemplasse a presença de todos em pelo menos três reuniões no mês. Houve conflitos de interesses pessoais, mas graças ao bom senso e o fortalecimento do grupo frente às concepções do projeto pedagógico foram nosso compromisso.
Esses momentos de formação coletiva se constituíram num exercício de resgatar a dimensão humana do fazer, onde todos éramos produtores de idéias que encaminham a construção coletiva do conhecimento, na possibilidade real de acerto, na interação, na crítica transparente e na prática conjunta. Não existe verdade absoluta, nada é firmado como certo e errado, o que se tinha é a possibilidade da criação, construído a partir do compromisso e do respeito com o outro. A desconfiança e o medo da crítica ainda estavam presentes, mas a questão da participação coletiva vai se definindo como conquista – é preciso investir profundamente.
Assim, os momentos de formação, a partir do eixo de nosso trabalho pedagógico, corpo de todo nosso Projeto Pedagógico – o Projeto Identidade, vai sendo construído nas possibilidades de organizar o trabalho dos educadores na condução da prática com as crianças, utilizamos textos produzidos pelos educadores nestes momentos, e também aqueles utilizados no projeto, além de vídeos e situações do cotidiano, tudo permeado pelas discussões. Assim, foram experimentadas mudanças na rotina do grupo, com a criação dos trabalhos em mini-grupos, que passam a dar as crianças de três meses a três a possibilidade de vivenciar além do grande grupo (setor) o pequeno grupo formado pela divisão das crianças entre os profissionais (professor e monitores) de cada setor, de modo a privilegiar a mediação do profissional diante as atividades planejadas para e com as crianças.
Ainda, ao tratarmos da formação em serviço dos educadores tínhamos em nosso calendário escolar as reuniões de planejamento e integração, denominadas formação continuada, as quais ocorriam bimestralmente num dia não letivo, e onde buscávamos qualificar os momentos coletivos já existentes, ou seja, propiciar aos educadores visitas a Bienal do Livro, Museus de Arte, participação em eventos promovidos por instituições formadoras de educadores, convite de palestrantes pela escola, enfim, toda forma de oportunidade que pudesse propiciar interações qualificadas aos educadores.
Na escola, quais são os fatores que atrapalham e quais são os que ajudam a inovação​​?
Respondendo a questão, podemos afirmar que a concretização desse trabalho pedagógico foi possível graças a uma gestão escolar – espinha dorsal de todo trabalho, exercendo a paixão pela pesquisa e a arte dos desafios no cumprimento de seu papel de mediadores de todo processo educacional, acreditando que não se aprende apenas a fazer, mas a pensar sobre e decidir como, de forma contextualizada, articulada, caso contrário, o processo educativo fica restrito à reprodução de práticas sem significados. Fica para nós um aprendizado - um trabalho pedagógico não se decreta...é construído!
(mmarthasramos)

domingo, 31 de maio de 2009

BRINCADEIRAS - MARCAS EM NOSSAS VIDAS...

O universo infantil está presente em cada um de nós. As experiências na infância deixam profundas marcas em nossa vida, mesmo sem sabermos disso, e as trazemos nos gestos, nas falas e nos costumes. Tudo fica guardado: os “bens e males” que vivemos fazem parte de nossa história pessoal e social, estando escondidos ou não em nossa memória. Os brinquedos e as brincadeiras integram esse leque de experiências vividas.
Como então trazer a brincadeira para o cotidiano da educação infantil?
A questão não é a de trazer receitas, mas a de estarmos sempre inquietos no que diz respeito ao brincar, principalmente nas nossas escolas de educação infantil. O brincar, nesses espaços educativos, precisa estar num constante quadro de inquietações e reflexões dos educadores que os compõem. É sempre bom nos fazermos perguntas como estas:
A que fins estão sendo propostas as brincadeiras? A quem estão servindo? Como elas estão sendo apresentadas? Como agimos diante das crianças? Sabemos dos seus gostos, dos seus sonhos, do que gostam ou não de fazer? Nós as ouvimos?
Educar é um ato de coragem e de ousadia. Só poderemos reconhecer uma criança se, nela, reconhecermos um pouco da criança que fomos e que, de certa forma, ainda existe em nós. Provavelmente, tivemos medos, aventuras, birras, alegrias e frustrações, e tudo isso uma criança também vive em nossos dias.
Lembramos que, para brincar na idade adulta, não precisamos “virar criança” e imbecilizar as brincadeiras. O que se aprende é também pela imitação do adulto e, se o adulto tem o brincar em seu cotidiano, o contato e o vínculo com as crianças, provavelmente, serão mais próximos.

BRINCAR NÃO TEM IDADE...

BRINQUEDOS E INFÂNCIA...

quinta-feira, 28 de maio de 2009

UM POETA COM A ALMA DA INFÂNCIA

“Tenho um lastro da infância, tudo o que a gente é mais tarde vem da infância”.(Manoel de Barros)

Conhecer os poemas de Manoel de Barros …

...é voltar no tempo em que tudo era uma aventura entre mangueiras, bananeiras, goiabeiras...que se transformavam em grandes florestas a serem descobertas e conquistadas para o deleite dos pequenos desbravadores (eu, meus irmãos Luiz e Ana e nossos companheiros audaciosos) – a construção de uma cabana que proporcionava, por minutos, o desfrute dos “ Robinsons Crusóes”, após uma intensa arrumação dos espaços – confecção de bancos, providencias de caldeirões com água “potável”, canecas e guloseimas retiradas da cozinha da mamãe, sorrateiramente …, para se desfazer com o grito “hora do almoço!” que ecoava entre o balanço das árvores – um verdadeiro telefone de folhas. (mmarthasramos)

BRINCAR É FUNDAMENTAL...

quarta-feira, 27 de maio de 2009

ANALOGIA - FORMADORES DE EDUCADORES

FORMAÇÃO DE EDUCADORES...

mmarthasramos



Qual será o nosso desafio como orientadores pedagógicos? Esta é a questão que se apresenta já na pauta do dia, a qual nos leva a refletir o como diferentes experiências e vivências se constituem em aspectos fundamentais para nossa vida profissional e pessoal. Penso...logo desisto, ou penso...logo insisto em pensar que, o quanto mais penso mais existo – ponto chave, principalmente para nos educadores vinculados cotidianamente ao repensar pedagógico, ou seja, ao favorecimento da pesquisa, a utilização criativa dos recursos, métodos e explicações alternativas, a formulação e resoluções de problemas, a tomada de decisão, enfim, poder pensar nosso cotidiano como este se apresenta – um verdadeiro caleidoscópio. A provocação deve ser nossa marca registrada, pois é ela que gera os pensamentos que, nos levam a formular as questões postas, a encontrar o foco do problema, enfim problematizar e criar novas situações. Os elementos formadores do elo para se ter hipóteses sobre o grupo – vínculo, constância e tarefa-síntese, nos dão os indicadores que nos levam a experimentar uma verdadeira terapia pedagógica, tão necessária para transformação efetiva do conceito educação, orientação pedagógica.....e tantos outros que se moldam ao mudo da moda.

EDUCAR É TUDO...
mmarthasramos

Nosso vídeo nos dá uma mostra do quanto precisamos rever nossos conceitos, ou melhor, o quanto temos que nos apropriar do entendimento dos conceitos que nos cercam, que estão a nossa volta cotidianamente, o quanto temos que nos questionar, refletir, buscar entender efetivamente as palavras para que estas não se tornem simples reproduções dos modismos – chavões que arraigados na linguagem passam a se constituir em verdades absolutas e obsoletas, que mortificam nossa capacidade reflexiva.
O que é vínculo? Autoridade? O que é democracia? O que é a felicidade?
Palavras que muitas vezes passam a ser alegorias literárias, desvinculadas do pensar constantes que nos impulsionam a criar, a desejar e ser simplesmente ser – atitude do saber.
É fato que os desafios de toda ordem se fazem presentes, mas é fato também que é nesses desafios que podemos exercitar nosso mundo das idéias, reformular os pensamentos formulados, onde o perguntar é fundamental.
Refletir não é simplesmente buscar respostas, pressupõe sim buscar novos questionamentos. Portanto, no desenvolvimento e na utilização de nossa capacidade e possibilidades basicamente humana, poderemos vislumbrar a felicidade – penso logo existo
.

EDUCAR É TUDO!